sábado, 9 de fevereiro de 2013

Seca e fim da civilização maia - E se ocorresse em São Paulo? - Imposto de carbono já tem exemplos de bons resultados. A Austrália implantou a cobrança no fim do ano passado e já começou a colher frutos


quinta-feira, fevereiro 07, 2013
Seca e fim da civilização maia - FERNANDO REINACH

Se você tem dificuldade de imaginar como uma flutuação climática pode destruir uma civilização, imagine o que aconteceria em São Paulo se uma seca violenta fizesse com que os reservatórios de água que abastecem a cidade ficassem incapazes de enviar sequer uma gota para a cidade durante um ano. A população teria de ser realocada e provavelmente viveríamos uma crise política e econômica. 


Há anos historiadores suspeitam que uma seca extremamente violenta foi uma das causas da extinção da civilização maia. Agora, os cientistas conseguiram mapear as variações climáticas que ocorreram durante quase 2.050 anos - começando 40 antes do nascimento de Cristo e terminando em 2006 - e puderam correlacionar essas mudanças climáticas ao surgimento, apogeu e o desaparecimento da civilização maia.



A caverna de Yok Balum fica em Belize a 1,5 quilômetro de Uxbenká, uma cidade maia. Nas suas imediações, submetidos aos mesmo regime de chuvas, estão outros grandes centros da cultura maia. Essa caverna, localizada 366 metros acima do nível do mar, é rica em estalagmites. 



As estalagmites surgem no solo das cavernas quando gotas de água caem do teto regularmente, exatamente no mesmo no mesmo local, durante milhares de anos. Cada gota contém minerais dissolvidos na água. Quando a água da gota evapora, os minerais se depositam no topo da estalagmite. 



Imagine que a cada hora uma gota de água caia no topo da estalagmite e evapore, adicionando uma nova camada de minerais. Imagine agora que esse processo ocorra ininterruptamente durante milhares de anos. O resultado é a formação de uma estrutura na forma de dedo (algumas têm metros de altura) onde cada camada contém os minerais presentes na gota d'água que caiu naquela hora, daquele dia, daquele ano. Por esse motivo, as estalagmites são um registro temporal extremamente confiável do clima de uma região.



Em 2006, cientistas coletaram uma estalagmite de 56 centímetros de comprimento na caverna de Yok Balum. Os 45 centímetros do topo da estalagmite foram fatiados como se fosse um salame. Cada fatia tinha 0,1 milímetro de espessura. Usando um método que mede a quantidade de urânio e tório, os cientistas puderam determinar a idade de cada uma dessas fatias. As mais de cima se formaram em 2006, antes da estalagmite ser coletada, mas as mais de baixo haviam sido formadas 40 anos antes de Cristo nascer. 



Durante 2.050 anos, gota a gota, a composição da água que pinga nessa caverna estava registrada nesses 45 centímetros de estalagmite. De posse da idade de cada fatia, outra amostra de cada fatia foi utilizada para determinar a presença do isótopo 18 do oxigênio. Uma maior quantidade desse isótopo está relacionada a uma maior quantidade de chuva na época em que a fatia foi formada; uma quantidade menor do isótopo indica menos chuva. 



Correlacionando os dados de idade e de quantidade de chuva em mais de 4,2 mil fatias, foi possível fazer um gráfico que indica quanto choveu, a cada semestre, naquela região desde 40 anos antes do nascimento de Cristo até o presente. As duas maiores secas que ocorreram na região após a chegada dos europeus (em 1535 e em cinco anos entre 1765 e 1800) aparecem claramente no gráfico. 



O passo seguinte foi colocar no mesmo gráfico os diversos eventos da civilização maia. Lembre que os maias possuíam um sistema de calendário extremamente sofisticado, onde registravam os eventos políticos e a construção de pirâmides e outras obras. 



O período áureo da civilização maia surgiu por volta dos anos 300, mas os centros urbanos e a construção dos monumentos se iniciou por volta do ano 400, após uma grande seca que ocorreu entre 400 e 425. Após essa seca, o número de cidades cresceu muito, atingindo o máximo por volta do ano 780. 



Durante esses 360 anos, não houve secas na região. A primeira seca importante, que durou 15 anos, ocorreu em 820 e coincide com a não construção de novas cidades. Após essa seca, as chuvas voltaram em intensidade menor até o ano 910 e novas cidades apareceram nesse século. Uma seca forte que durou dez anos, iniciada em 910, marcou o fim das grandes construções. 



A civilização maia ainda viveu na região até o ano 1000, quando veio o pior período de seca, que durou quase cem anos. Durante essa seca prolongada, o período clássico da civilização maia acabou e logo depois a cultura maia desapareceu.



Essa descoberta corrobora a suspeita levantada por historiadores que a falta de água foi um dos fatores que explicam o fim da civilização maia. Além de demonstrar que secas fortes e raras podem dizimar civilizações, esse trabalho é um bom exemplo de como estudos climáticos estão aos poucos sendo incorporados à história das civilizações. 



No banho, enquanto ensaboa o cabelo com a torneira aberta, lembre que os maias, que reinaram por mais de 800 anos na região do México, tiveram as chuvas a seu favor durante 400 anos, mas bastou uma seca rara e forte para eles desaparecerem. A civilização ocidental descobriu a América e se instalou por aqui faz aproximadamente 500 anos - e, por enquanto, teve o clima a seu favor.


Imposto de carbono já tem exemplos de bons resultados. A Austrália implantou a cobrança no fim do ano passado e já começou a colher frutos: a queda do ...

·         Somado a ganhos de escala nos equipamentos tornou energia eólica mais barata que termoelétricas.

·         No Brasil a isenção de ICMS para equipamentos das eólicas as tornaram imbatíveis nos últimos leilões para compra de energia futura.

19 de Abril de 2011

Investimentos de R$ 25 bi dão mais competitividade a energia eólica no Brasil


Parque eólico Rio de Fogo (RN), o segundo maior do Brasil/Foto: jomardantas

Houve um tempo bem recente em que, no Brasil, a energia eólica era vista como uma excelente alternativa aos combustíveis fósseis, mas que era inviabilizada em razão do seu alto custo. No entanto, esta realidade tem mudado, segundo matéria assinada pela repórter Tatiana Freitas, publicada no jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira, 19 de abril.

Segundo a apuração da jornalista, os projetos de energia eólica no país, com entrada em operação prevista até 2013, somam R$ 25 bilhões em investimentos. A projeção da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) considera empreendimentos vencedores de leilões em 2009 e 2010, a conclusão do Proinfa (programa de fontes alternativas do governo) e projetos com venda de energia prevista no mercado livre, que reúne grandes consumidores.

"A energia eólica ganhou competitividade nos últimos anos. O custo dos equipamentos caiu e houve melhora na eficiência", destacou à Folha Gustavo Estrella, diretor de relações com investidores da CPFL. "Além do enorme potencial e do avanço da tecnologia, a energia eólica gera menos problemas ambientais, endossou Lindolfo Zimmer, presidente da Copel, que procura parceiros no setor.

Os projetos em construção elevarão a capacidade instalada de 900 MW (dado de 2010) para 5.300 MW em 2013. "Apesar do crescimento, a participação das eólicas na capacidade total de geração será de apenas 4% em 2013", ponderou Ricardo Simões, presidente da Abeeólica. Atualmente, esse percentual é de 0,5%.

Potencial, contudo, não falta. Um mapeamento realizado em 2000 aponta a possibilidade de geração de 143 GW no país. Especula-se que esse potencial seja ainda maior, caso sejam consideradas turbinas mais modernas, entre 80 e 100 metros de altura. "Ele estaria entre 300 e 400 GW, pelo menos, estimou Steve Sawyer, do GWEC (Conselho Global de Energia Eólica).

Um ex-vilão chamado custo
Considerado um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do setor, o preço passou a contar a favor dessa fonte alternativa. "Os preços têm caído. No leilão de 2009, o valor médio ficou em R$ 148 o MWh e, no ano passado, em R$ 135", comparou Sérgio Marques, presidente da Bioenergy.

"É um círculo virtuoso. Quanto mais leilões você realiza, mais empresas vêm ao país, mais escala você adquire e maior é a possibilidade de o preço baixar", observou Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Prova de tal interesse estrangeiro é a crescente instalação de fábricas de equipamentos estrangeiros já instaladas no Brasil (são 5 no total): Wobbem (Alemanha), Impsa (Argentina), Alstom (França), Gamesa (Espanha) e General Eletric (Estados Unidos). Outra boa notícia é que a líder mundial do segmento, a dinamarquesa Vestas também estará aqui no país em breve - falta apenas decidir em qual estado construirá seu empreendimento.

As três maiores empresas geradoras de energia eólica no Brasil são a Siif (208,2 MW); Ventos do Sul (158 MW) e Bons Ventos (155 MW).

Ao todo, 164 parques eólicos entrarão em operação no país até 2013. O Rio Grande do Norte é o estado que concentrará o maior número de empreendimentos (72), seguido pela Bahia (34), pelo Ceará (26), Rio Grande do Sul (19), Santa Catarina (10), Rio de Janeiro (1), Sergipe (1) e Paraíba (1).

domingo, 7 de outubro de 2012

Terceira Revolução Industrial melhora a DISTRIBUIÇÃO (na geografia e no tempo) e a QUALIDADE dos EMPREGOS GERADOS por REAL (R$) INVESTIDO 

Terceira Revolução Industrial tem como marca central a rede de energia/internet. O fundamental não está na energia, na internet ou na noção de rede, e sim na junção das três: não só a energia, mas parte crescente da prosperidade do século XXI virá de uma organização social assinalada pela descentralização, pela cooperação e pela partilha.
 A narrativa da Terceira Revolução Industrial apóia-se em cinco pilares:
 ·         primeiro está na passagem (nada trivial, é claro) das energias fósseis para as renováveis.
 ·         segundo, e talvez mais importante dos cinco pilares, é a transformação do estoque de construções de todo o mundo em micro usinas de coleta (e de distribuição) de energia. (Auto suficiência e excedentes vendidos à rede => Dispositivos eólicos, solares e biodigestores / processadores da biomassa (esgoto e restos de alimentos)).
 ·         terceiro pilar está em tecnologias que permitirão armazenar (para se poder, então, distribuir) o produto dessas fontes inevitavelmente instáveis de energia de que são potencialmente dotadas as edificações.
 ·         quarto pilar – que os dispositivos da economia da informação em rede possam promover a integração e a partilha desse fluxo de energia produzido de maneira descentralizada. Aí reside a nova unidade entre comunicação e energia. São redes inteligentes, bidirecionais, que operam com base em energias produzidas localmente, ao contrário das duas revoluçõesindustriais anteriores. A WEB Energética, onde todos são produtores e consumidores de energias limpas.
 ·         quinto pilar está no sistema de transportes, que dará maior peso aos equipamentos coletivos e também, no que se refere aos veículos individuais, aos carros elétricos e baseados em células combustíveis, integrados igualmente a esse sistema descentralizado de redes inteligentes.

 Analisando o efeito, no EMPREGO, de cada um dos Cinco Pilares da Terceira Revolução Industrial:


--
Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
http://mitologiasdegaia.blogspot.com/ (Blog: Mitologias de Gaia)
http://criatividadeinovao.blogspot.com/ (Blog: Criatividade e Inovação)
http://redessociaisgovernanaliderana.blogspot.com/ (Blog:Governança e Liderança em Redes Sociais)
http://reflexeseconmicas.blogspot.com/ (Blog: Reflexões Econômicas)
http://poltica20-yeswikican.blogspot.com/ (Blog: Política 2.0 - Yes, WIKI CAN)
http://automacao-inteligencia-organizacional.blogspot.com.br/ (Blog: Automação e Inteligência Organizacional)
http://www.portalsbgc.org.br/sbgc/portal/ (Comunidade Gestão Conhecimento)

Nenhum comentário:

Postar um comentário