sábado, 15 de março de 2014

Eike Batista: exemplo de 'empresário' por ter amigos e não competência. Consequência: não gera riqueza prometida e DESTRÓI riqueza acumulada da sociedade (Poupança)

Ao longo do livro, que abrange toda a carreira do empresário, o autor compara, de forma crítica, informações contidas na autobiografia de Eike, e ressalta outras que foram omitidas ou pouco detalhadas. Para Leo, a crise do Grupo X é um caso empresarial sem precedentes no País. "Ele ensina muito sobre o capitalismo brasileiro e dá uma lição estrutural no mercado financeiro". (...)
No início, a sombra de Eliezer
Eike Batista abandonou os estudos, com pouco mais de vinte anos, para explorar ouro no Brasil como intermediário e de olho no preço recorde do metal.
Aos 24 anos, inaugurou seu modelo de negócios. Baseado em seu carisma e poder de convencimento, atraiu os primeiros investidores Aaron e Mendel, joalheiros no Rio de Janeiro, que lhe confiaram US$ 500 mil para comprar ouro em Itaituba, no Pará. Após ser "traído" por um sócio local, segundo ele, e perder todo o dinheiro, conseguiu fazer com que os empresários lhe confiassem mais US$ 500 mil.
Sergio Leo não conseguiu comprovar se Aaron e Mendel tinham relações ou foram atraídos pela fama do pai de Eike, Eliezer Batista, ex-presidente da Vale e ex-ministro de Minas e Energia. Mas, posteriormente, fica clara que a influência e rede de contatos de seu pai foram a verdadeira mina de ouro dada ao filho, na visão do autor.
A Paranapanema, que se tornaria sócia na primeira mina de Eike, adquirida com dinheiro que ganhou como intermediário, era de Otávio Lacombe, amigo de Eliezer desde o fim dos anos 1960, quando, juntos, ajudaram a fundar a Aracruz Celulose.
Posteriormente, Eike associou-se, em uma segunda mina, a Antônio Dias Leite Neto na empresa Companhia de Mineração e Participações. Leite Neto era filho do ex-ministro de Minas e Energia Antônio Dias Leite Júnior, que ajudaria Eliezer a abrir caminho para a criação da Aracruz Celulose. Ambos os pais faziam parte do conselho do negócio.
Leo ouviu, durante a apuração do livro, relatos de que Eliezer, ao longo da carreira do filho, buscou pessoalmente investidores para seus negócios. "Não seria surpreendente pensar que ele também fez isso no governo", conta. Desde as primeiras minas adquiridas, Eike já contava com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ascensão e Queda do Império X (Editora Nova Fronteira)

Algumas lições que a sociedade pode aprender com este ‘Mito brasileiro de empresário’:
1.    Ao estimular 'empresários' que o são por ter amigos e não por ter competência para iniciar e administrar uma empresa, geralmente, cria-se um ambiente de negócios que dificulta / inviabiliza a vida dos empresários reais - aqueles que:

·         Percebem oportunidades (necessidades não atendidas).
·         Possuem, desenvolvem, ou organizam as capacidades (próprias ou de associados / colaboradores) para atender estas necessidades.
·         Constroem marcas – confiança dos consumidores em sua capacidade de fornecer bens e serviços de valor e confiança dos investidores de que serão capazes de restituir, com acréscimo, a poupança.

Dinheiro é meio de facilitação de trocas de bens e serviços.
Poupança (ações, títulos de dividas, etc.): retenção de dinheiro para trocas no tempo – entre o recebido pela entrega de bens e serviços, no passado, por bens e serviços desejados no futuro.
Alterações do valor do dinheiro (inflação, manipulação de taxas de câmbio, etc.) são apropriação indevida (ROUBO) dos direitos dos produtores de bens e serviços que possuem este dinheiro.

2.     'Empresários', que o são por ter amigos e não por ter competência para iniciar e administrar uma empresa, desviam a Poupança disponível de iniciativas úteis para Sociedade e, ao não produzirem os resultados prometidos, destroem esta poupança.

Segundo a consultoria Economática, apenas no primeiro trimestre de 2013, as seis companhias de capital aberto (ou seja, negociadas na bolsa) do empresário (OGX, MMX, MPX, OSX, LLX e CCX) registraram um prejuízo total de R$ 1,154 bilhão, alta de 539% em relação ao mesmo período do ano passado.
Essas mesmas empresas tinham até o fim do ano passado uma dívida líquida de cerca de R$ 15 bilhões, de acordo com dados da Thomson Reuters.
Um levantamento do Valor Econômico mostrou que, juntas, as seis companhias perderam R$ 110 bilhões em valor de mercado desde seu melhor momento na bolsa até a cotação encerrada no final de junho.
As empresas têm hoje um valor de mercado aproximado de R$ 9 bilhões.
Já um cálculo feito pelo jornal O Estado de São Paulo mostra que quem investiu R$ 5 mil na OGX em 2008, quando a empresa abriu seu capital, teria hoje somente pouco mais de R$ 200.
A exposição das empresas X, do empresário Eike Batista, no mercado financeiro está concentrada em cinco bancos brasileiros, de acordo com relatório do Bank of America Merril Lynch, enviado a clientes.
Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.
Em seguida estão os privados Bradesco, Itaú Unibanco e BTG Pactual. Juntos, conforme cálculos dos analistas Alessandro Arlant, Anne Milne e Roy Yackulic, esses bancos somam exposição de mais de R$ 9,4 bilhões às empresas do grupo X.
Eles destacam, no relatório, que os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.   
                     O Estado de S.Paulo - 03 de julho de 2013 - http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,bndes-e-caixa-entre-os-maiores-credores-de-eike,1049623,0.htm

3.    'Empresários', que o são por ter amigos e não por ter competência para iniciar e administrar uma empresa, corrompem o Mercado Financeiro, que deixa de ser um Mecanismo de Realocação de Poupança entre a produção existente e a futura de bens e serviços. Torna-se um Cassino de Apostas em ‘empresas’ que aparentam ‘estar bem na foto’ da composição de interesses, em um dado momento. Não se analisa Fundamentos Econômicos (item 1) e, em função dos altos riscos, sem condição de serem administrados, passa-se a exigir retornos absurdos, em curtos períodos de tempo. Afinal as composições de interesses são muito voláteis...

4.    'Empresários', que o são por ter amigos e não por ter competência para iniciar e administrar uma empresa – ao dificultar / inviabilizar a vida dos empresários reais – diminuem a disponibilidade de riqueza (capacidade de produção de bens e serviços) de suas sociedades. Assim, colaboram para degradar a Qualidade de Vida (disponibilidade crescente, em qualidade e volume, de bens e serviços):

·         Alimentos
·         Bens de consumo (eletroeletrônicos, veículos, etc.)
·         Educação
·         Energia
·         Saúde
·         Transportes
·         Etc.
Ascensão e Queda do Império X (Editora Nova Fronteira):

Eike Batista sempre apregoou ter uma qualidade especial, “o dom de vender ideias”. E como duvidar dessa autopromoção? Afinal, era feita por um empresário que convenceu investidores de todas as latitudes a aportar bilhões e bilhões de dólares em empresas apresentadas apenas sob a forma de slides de PowerPoint e maquetes.
Neste livro, o jornalista Sergio Leo conta a saga das empresas “X” — a ascensão e a queda do império de Eike, a curta distância entre a tentativa de consolidação de um dos maiores conglomerados do Brasil e o protagonismo de um estridente fracasso.
Empreendedor nato e de notável sucesso, Eike Batista tinha como meta tornar-se o homem mais rico do mundo. Em pouco mais de um ano, US$34,5 bilhões viraram pó e ele mergulhou numa crise sem fim. Saiu do clube dos bilionários derrotado e desacreditado.
Desde os anos 1990, quando era eclipsado pelo aposto “o marido de Luma”, até a fundação de uma das mais impressionantes e feéricas sagas empresariais da história brasileira, Eike é o maior produto dele mesmo. Para o bem e para o mal.
Numa narrativa envolvente, com muitas histórias de bastidores e detalhes emocionantes, Sergio Leo descreve as jogadas de marketing do empresário, mostra como o superfaturamento das expectativas e a omissão de más notícias se combinavam com incríveis promessas, e relata as idiossincrasias, as manias e os fatos insólitos que ajudaram a esculpir e popularizar a imagem de um personagem na fronteira entre o excêntrico e o folclórico.
Com leveza e humor, o livro dá voz a quem perdeu junto com Eike e revela o verdadeiro mapa da mina que o empresário recebeu do pai, o ex-ministro e ex-presidente da então Vale do Rio Doce, Eliezer Batista. Descreve ainda os equívocos gerenciais que comprometeram irremediavelmente a saúde das suas empresas e as falhas no mercado de valores que lhe permitiram vender ilusões dispendiosas.

Como Eike, egocêntrico e vendedor de ilusões, afundou o Império X
iG analisa autobiografia lançada por ex-bilionário há dois anos e mostra os sonhos prometidos e o que de fato o "mito", como se auto-proclamou, entregou ao mercado
Paula Pacheco- iG São Paulo | 16/11/2013 11:00:00- Atualizada às 22/11/2013 14:01:57

"Eike foi um ilusionista", diz autor de livro sobre o empresário
"Ascensão e Queda do Império X" mostra que ex-bilionário enganou investidores; obra revela fracassos do começo de carreira e aponta a influência de Eliezer Batista, pai do ex-bilionário
Marília Almeida- iG São Paulo | 10/02/2014 06:00:00- Atualizada às 14/02/2014 19:06:01

Eike Batista: da ascensão à queda
Luís Guilherme Barrucho
Da BBC Brasil em São Paulo
Atualizado em 5 de julho, 2013 - 05:24 (Brasília) 08:24 GMT

G1: Infográficos – Ascensão e Queda de EIKE:

Eike é exemplo real dos personagens (representantes deste tipo de ‘empresários’) tão bem retratados por Ayn Rand, em seu livro de 1957 (!): A Revolta de Atlas. Para ler trechos deste livro, comentados por mim, ver:
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Quem cria o Mercado são os Produtores. Não os Consumidores. E tudo é criado na MENTE de alguém que sonha com a realização de algo.


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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
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